Se quem governa hoje quer um eleitorado anestesiado e silencioso, nós queremos uma cidadania despertada e ativa.
Porto Alegre vive sob um governo de destruição. Um governo que vende os parques, o transporte público, a água, a saúde, absolutamente tudo. Um governo em que tudo é mercadoria e nada é cidadania. Um governo capaz de aprovar leis como o dia do patriota comemorando a data dos atos golpistas, em uma Porto Alegre que foi palco da luta democrática em 1961, da resistência à ditadura militar e, com a participação popular, referência mundial da democracia. Um governo bolsonarista numa cidade democrática. Este mesmo governo costura uma ampla aliança reacionária e fisiológica, para sua reeleição e para ter ampla base de vereadores na eleição, enormes fundos eleitorais e domínio do tempo de TV. Tudo o que este governo quer é uma eleição fria, rápida e sem debate.
Derrotar este governo e inaugurar uma gestão de ampla democracia, criatividade e compromisso popular é nossa principal tarefa para o próximo ano. Mas para isto devemos construir um processo eleitoral oposto ao que deseja o prefeito. Um processo a quente, com debate, com participação popular em que a contrariedade vire mobilização e engajamento.
Se quem governa hoje quer um eleitorado anestesiado e silencioso, nós queremos uma cidadania despertada e ativa.
Neste sentido é que entra a proposta de primárias abertas para a escolha de nossas candidaturas; um amplo processo de participação popular que antecipe e democratize a discussão sobre nossa cidade. Que engaje, anime e produza pertencimento. Que cada praça desta cidade, que cada lugar público se transforme em um lugar de escolha e comprometimento, em um movimento com enorme força social e política, maior que o partidário.
Não há dúvida de que a maior parte do povo de Porto Alegre não quer a continuidade deste projeto destruidor. Trata-se de organizar, mobilizar esta vontade e desenharmos juntos a cidade que queremos.
Neste movimento todas as pré-candidaturas são bem-vindas, são estimuladoras do debate sobre a Porto Alegre que vamos construir. É um movimento de unidade e de mobilização. Da esquerda e da população. Com participação já vencemos antes. Vamos vencer de novo!
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