A sociedade gaúcha e todo o país deram mostras espetaculares de solidariedade e mobilização para enfrentar a crise climática e social do Rio Grande do Sul.
O governo federal organizou o maior pacote de ajuda a um ente federado da história do país, quase 70 bilhões de reais, dezenas de milhares de servidores mobilizados, suspensão da dívida por três anos e sem pagamentos de juros.
Prefeituras em diferentes pontos do Rio Grande multiplicam esforços na linha de frente do salvamento e abrigo dos atingidos.
Mas há uma grande ausência neste imenso esforço de união e reconstrução: o Governador Eduardo Leite.
No dia 1º de maio, mês da tragédia, Leite aumentou os impostos sobre os alimentos mais básicos. Passados todos esses dias do sofrimento do povo, não cogitou sequer revogar seus decretos, ampliando de forma imoral as dificuldades de quem já não tem nada.
Depois das enchentes do ano passado, Leite enviou um orçamento de 50 mil reais para equipar a defesa civil. Um orçamento insultante. Após previsões antecipadas e claras dos institutos de meteorologia e hidrologia, foi de novo “pego de surpresa” pelas enchentes e não tinha qualquer plano ou equipamento para fazer frente a elas. Até mesmo com as doações populares Leite foi incapaz de lidar com um simples PIX. Privatizou a gestão e até hoje os gaúchos não receberam um centavo do que eles mesmos doaram para a emergência.
Passou da hora de Leite retirar o colete da defesa civil ou honrá-lo com ações concretas. Um governador deve ser muito mais do que um comentarista do que os outros fazem.
Está na hora de Leite estar à altura do cargo que ocupa.
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